A palma da mão de Ademir sustentava o rosto de Karina. Ele tinha muitas coisas para dizer, mas apenas falou:
— Se cuide bem. Em alguns dias, estarei de volta.
Karina assentiu com a cabeça:
— Estou tricotando um cachecol para você.
Ademir sorriu:
— Eu gosto muito. Quando eu voltar, já vou poder usar o cachecol?
Karina hesitou por um momento:
— Eu vou tentar.
Ademir soltou a mão:
— Estou indo.
— Tudo bem. — Karina respondeu com muita relutância.
— Não se preocupe. — Levi a tranquilizou. — Já organizei tudo. O Roberto não vai dificultar as coisas para ele. Garanto a você.
Karina observou Ademir sair do pequeno prédio. Agora, o silêncio era absoluto.
Naquela noite, já era muito tarde e Karina ainda não conseguia dormir.
Mesmo com a garantia de Levi, enquanto Ademir não voltasse, ela não conseguia se tranquilizar.
Sem conseguir dormir, Karina decidiu passar a noite tricotando o cachecol. Assim, parecia que o tempo fluía um pouco mais rápido.
...
Na delegacia, tudo esta