Karina, resignada, tentou explicar:
— Eu admito que houve erros no que aconteceu entre mim e o Túlio hoje. Mas, de forma alguma, é como você pensa. Sua primeira reação foi me acusar de ser leviana...
Ademir, nervoso, interrompeu:
— Eu...
— Me deixe terminar. — Karina falou com calma. — Por motivos pessoais, eu entendo a sua desconfiança em relação a mim.
— Então, não fique brava. Eu prometo que não farei mais... — Ademir realmente parecia preocupado.
— Eu entendo, mas não disse que aceito essa situação. — Karina sorriu com tristeza. — Supondo que nós realmente nos casássemos, se algo semelhante acontecesse, você garantiria que não reagiria assim de novo?
Ademir ficou em silêncio, sem responder.
— Você não pode garantir, certo? — Karina piscou levemente, com um tom suave. — A base de um casamento é a confiança, e você não confia em mim, então...
— Chega! — Ademir a soltou, a insatisfação clara em seu rosto. — Por que você precisa ser tão diplomática? Vamos ser honestos