Ademir segurou a mão dela e sorriu, um sorriso cheio de felicidade:
— Então era você. Era você o tempo todo. Ainda bem que era você, Karina. Que bom!
A pessoa que ele amava sempre foi ela, e ninguém mais.
— Ademir... — Karina sentia uma dor profunda em seu coração. — Me desculpe, me desculpe...
— Não é culpa sua. — Ademir, com dificuldade, levantou a mão e acariciou suavemente o rosto dela. — Nós dois fomos vítimas. Não se culpe mais, está bem?
— Está bem. — Karina assentiu com força, apertando a mão dele. — Pela Joyce, você tem que ser forte. Não diga coisas como desistir, está bem?
— Está bem. — Ademir mordeu os lábios e assentiu.
— Sim, ainda não é a hora de morrer. Mesmo que só te reste um sopro de vida, você tem que rastejar de volta para a Cidade J. Você vai ter que segurar sua filha nos braços com as próprias mãos.
— Joyce, espere pelo papai...
Ele sempre a considerou sua filha. No fim das contas, ela realmente era sua filha. Ele sempre achou que era por amar Karin