Antes que ele pudesse terminar de falar, Patrícia o interrompeu:
— Se você não for voltar, ajude a trancar a porta, por favor. Uma casa tão grande, e eu sozinha aqui à noite... Fico meio assustada.
Não voltar?
Filipe franziu ainda mais o cenho:
— Não voltar? Vou ir aonde?
Patrícia, por outro lado, achava perfeitamente natural que ele não voltasse.
— Você vai sair para procurar alguém, não é? E nem sabe que horas vai encontrar. Mesmo se encontrar, ainda vai ter que ajudar, não vai? Tudo isso leva tempo. Quando terminar, com certeza já vai estar bem tarde. Então, se for voltar, melhor nem entrar no quarto. Vai acabar me assustando. — Ela deu uma leve batida no peito. — No meio da madrugada, dormindo profundamente, aí de repente entra alguém... Como vou saber que é você mesmo?
— Sou eu. Sempre sou eu. — Filipe segurou a mão dela com firmeza, um incômodo silencioso apertando o peito. — Fique tranquila, os seguranças da mansão são bons. Ninguém mais vai entrar.
Filipe soltou a mão dela e pa