Ele disse aquilo, naturalmente, porque já sabia com quem ela estava falando ao telefone instantes antes.
Karina segurava a xícara entre as mãos, bebendo aos poucos, com pequenos goles.
— A propósito... — Ademir tomou mais um gole da outra xícara e a olhou, lembrando ela com suavidade. — Você pode mesmo ficar aqui? Isso não vai... Te causar problemas?
Embora, naquele momento, ele realmente precisasse dela, não queria que ela se envolvesse em complicações por causa disso.
— Não vai, não. — Karina girava a xícara entre os dedos, o olhar calmo. — Eu já falei com ele. Durante esse tempo, vou ficar na família Barbosa.
— É mesmo? E ele não se opôs?
— Não, não se opôs. — Karina assentiu com a cabeça.
Pelo menos, na superfície, não demonstrou nenhuma resistência.
Pela forma como conhecia Túlio, ele provavelmente concordava de verdade. Mas se no fundo aquilo o incomodava ou não, ela não saberia dizer.
E, por ora, também não queria perguntar.
Ela era só uma pessoa. Não tinha como agradar todo mun