— Karina. — Otávio segurou a mão de Karina, cada vez com menos força. — A vida é curta demais... Não se entristeça, pense mais em você, aceite quem te ama, tenha coragem de ficar com quem você ama... Tente, pelo menos.
Otávio não expressou diretamente o que pensava, mas cada palavra sua carregava um significado oculto.
Karina compreendeu o que ele queria dizer.
— Eu... Eu posso mesmo?
Otávio não respondeu diretamente. Em vez disso, perguntou:
— E você já pensou se essa escolha que está fazendo agora realmente deixa todos felizes?
Karina não soube como responder àquela pergunta.
Ademir voltou com um copo de água nas mãos. Otávio o observou se aproximar e, então, se calou.
Tudo o que ainda podia fazer pelo neto, ele já havia feito.
Quanto ao que viria depois... Ele não estaria mais ali para ver.
— Vovô. — Ademir se aproximou, levando o copo até os lábios de Otávio. — Vamos, beba um pouco de água.
— Está bem...
Otávio estava tão fraco... No momento em que seus lábios tocaram o copo, seus