Júlio, Bruno e Enzo trocaram olhares, assentiram com a cabeça e avançaram juntos para impedir Ademir.
— Ademir! Você vai matá-lo!
Aquele homem imponente, naquele momento, transmitia um medo profundo.
— É isso mesmo, Ademir! Não vale a pena por causa desse canalha!
Mesmo com as palavras deles, o rosto de Ademir continuava impassível, frio como sempre.
Bruno, subitamente lembrando de algo, disse:
— Ademir, parece que a Karina não está bem... Ela está fazendo algum tipo de som...
Ao ouvir o nome de Karina, Ademir finalmente reagiu. Soltou o pé, mas logo deu mais um chute para afastar o homem.
Os três suspiraram aliviados ao ver que Karina, de fato, era a única capaz de deter Ademir.
— Karina. — Ademir se virou e a pegou nos braços, afastando um lado do paletó para ajudá-la a soltar as amarras em seus pulsos e tornozelos. — O que houve?
Bruno não estava mentindo. Karina realmente parecia estranha. Seu rosto estava ruborizado, e ela respirava pesadamente, com a boca entreaberta.
Kari