As mãos de Karina tremiam levemente enquanto apertava a bolsa, e ela disse:
— Eu tenho que ir, tenho outras coisas para fazer.
Sem esperar que Júlia respondesse, Karina abaixou a cabeça e rapidamente desceu as escadas.
Lá dentro, Túlio saiu correndo atrás dela.
— Karina!
— Túlio! — Túlio nem sequer notou a presença de Júlia, mas ela o agarrou com força. — Onde você pensa que vai? Não me diga que vai atrás da Karina!
Foi só então que Túlio viu sua mãe e, assustado, exclamou:
— Mãe? O que você está fazendo aqui?
De repente, sua expressão se transformou em raiva, e ele gritou:
— O que você disse para a Karina? Você foi falar bobagens para ela de novo, não foi?
O rosto de Júlia também mostrava indignação, e ela gritou de volta:
— Bobagens? Túlio, você nunca aprende! Será que não pode ser mais sensato? O irmão dela tem autismo! E você ainda quer ficar com ela? Quer ter um filho autista para me matar e matar seu pai de desgosto?
As mesmas palavras de sempre, como se fosse uma repetição dos a