Sim!
Foi ele quem colocou essa oportunidade nas mãos dela!
Ele se culpava por ser tolo, culpava as artimanhas de Vitória e culpava Deus por brincar assim com ele!
Com um movimento brusco, Ademir soltou Vitória e rangeu os dentes:
— Onde está meu grampo de cabelo? Devolva! Com que direito você o usou todos esses anos?
Vitória, com os olhos vermelhos, tremia da cabeça aos pés.
— Não ouviu? Devolva!
— Entendi!
Com lágrimas caindo, Vitória correu para o quarto e voltou com o grampo de borboleta na mão.
Com medo, ela o entregou a ele:
— Aqui...
Antes que pudesse terminar, Ademir já havia arrancado o grampo de suas mãos, o segurando entre os dedos.
Mesmo após tantos anos, o grampo ainda era muito bonito.
Ele não olhou mais para Vitória e se virou abruptamente.
— Ademir! — Atrás dele, Vitória o chamou.
Ademir parou, mas não se virou nem falou.
— É ela? — Vitória perguntou chorando. — Você está tão bravo e veio pegar este grampo. Essa pessoa é a Karina?
Antes, ela já havia pensado no por que A