— Olha aí na frente, estou falando com vocês! Ouviram?
— Parem agora! Se não pararem, vamos atirar!
— Ademir! — Karina, assustada, se agarrou ao Ademir, engolindo em seco.
Ademir pisou com um pé no chão, parando o carro, e a abraçou, dizendo suavemente:
— Não tenha medo, estou aqui.
O carro da polícia se aproximou e os cercou.
— Olá. — Ademir franziu a testa e perguntou. — O que está acontecendo?
Eles estavam andando de bicicleta aqui, isso é ilegal?
— O que aconteceu? — O policial à frente os observou e balançou a cabeça. — Vocês dois parecem normais, não parecem ser pessoas com problemas financeiros. Por que não fazem algo de bom?
Ademir e Karina se olharam. O que queriam dizer com “não fazem algo de bom”?
— Policial, deve ser algum engano.
— Engano? — O policial se aproximou e disse. — Se afastem...
Com medo de que ele encostasse em Karina, Ademir a abraçou e deu dois passos para trás.
O policial bateu na bicicleta e gritou para trás:
— Vem aqui ver, é sua?
Imediatamente, um homem d