Júlio respondeu:
— Estamos esperando você terminar.
— Certo. — Ademir assentiu com a cabeça, sem dizer mais nada.
Quando chegaram ao Hospital J, Karina ainda estava na sala de emergência.
— Segundo irmão. — Júlio tentou tranquilizá-lo. — A enfermeira disse que a Karina não teve grandes problemas, provavelmente é só a perna.
“Perna? Então não é tão sério? A Karina tem tanto medo de dor...”
Ademir franziu a testa e disse:
— Vá procurar a Vitória.
— Certo, segundo irmão.
...
— Me soltem!
Vitória estava detida e, se sentindo injustiçada, gritava:
— Eu já disse que não empurrei ela! Que direito vocês têm de me prender? Me soltem agora! Se não, vou chamar a polícia...
Vitória não teve tempo de terminar suas palavras, pois Ademir entrou na sala.
Sua voz imediatamente se calou.
Os olhos de Vitória se encheram de lágrimas, e ela disse, com a voz embargada:
— Ademir...
Ademir não respondeu. Apenas se sentou na cadeira e, com uma voz fria, perguntou:
— Você a empurrou?
— Eu não empurrei! — Vitóri