O bar já estava cheio, mas Zoe, com seu sorriso confiante e o cabelo preso num coque displicente, fazia parecer que nada ali podia tocá-la. Seu olhar estava afiado sobre a amiga, ou melhor, a cunhada que, à sua frente, girava o copo de gin como se o mundo estivesse contido ali dentro.
Helen suspirou pela terceira vez em menos de cinco minutos. Zoe arqueou uma sobrancelha.
— Se você suspirar mais uma vez, eu vou jogar esse copo pela janela.
Helen soltou um riso fraco, meio trêmulo.
— Eu ainda o amo, Zoe.
— E você já falou isso quatro vezes — disse Zoe, empinando a taça de gin. — E sabe o que é pior? Eu sei que meu irmão está balançado por você.
Helen abaixou o olhar. Sentindo os olhos marejarem.
— Eu fui tão estúpida.
— É, foi mesmo — Zoe respondeu sem cerimônia, e depois completou com um sorriso: — Mas com motivos. Ethan sempre vacilou muito com você no início, e, cá entre nós, meu irmão tem a sensibilidade emocional de um sofá de couro. Mas quando gosta… gosta como um furacão. Destró