A sala de reuniões estava silenciosa, mas não de um jeito confortável. Era um silêncio denso, carregado de tudo que precisava ser dito, mas que nenhum dos dois queria verbalizar.
Ethan estava sentado à cabeceira da mesa, os documentos espalhados à sua frente. Helen, por outro lado, permanecia de pé, segurando a pasta como se fosse um escudo entre eles.
Dois dias…
Dois dias em que ela o tratava com uma frieza cortante. Respondia o essencial, sem desviar o olhar, sem hesitação. Mas havia algo nos olhos dela. Algo que Ethan conhecia bem.
Mágoa.
Ele não conseguia lidar com aquilo. Ele precisava que ela falasse com ele. Mas Helen não estava disposta a facilitar.
— Helen…
Ela não levantou os olhos.
— Eu estou bem, Ethan. — respondeu, de imediato.
Mentira.
Ethan trincou a mandíbula. Por que ela insistia nisso? Por que ela fingia estar bem, quando claramente não estava? Ele largou a caneta sobre a mesa, o som do objeto ecoou pela sala e disse olhando para ela:
— Diga qualquer coisa, menos is