O pastor começou a falar. Sua voz cortou o silêncio com cuidado, como quem pisa em vidro quebrado.
ㅡ Estamos aqui hoje para prestar as últimas homenagens a Bennet Huxley. Bennet foi filho, pai, companheiro, amigo...
Cada palavra era uma lâmina. Não importava quantas vezes eu tivesse ensaiado este momento nas últimas semanas, nenhuma preparação teria me deixado pronta para ouvir o nome dele assim, preso a um verbo no passado.
Ele foi. Ele. Foi. Tudo em mim gritava que ele ainda é. Que ele é meu.
Fecho meus olhos por um segundo, tentando bloquear a enxurrada de lembranças: o jeito que ele ria, o calor das mãos dele entre as minhas, o som da voz dele cantando baixinho para Niyati dormir. O mundo agora parecia menor, como se a ausência dele tivesse arrancado uma parte do ar.
Quando o caixão começou a descer, Abigail começou a gritar, e um tremor subiu pelas minhas pernas. Minha garganta se fechou. Eu queria correr até ele, me jogar ali dentro, implorar para que tudo aquilo fosse um pesade