Acordei com um som diferente aquela madrugada.
Era um som contido, baixo, vindo do quarto de Bennet.
Meu coração soube antes mesmo dos meus pés tocarem o chão. Corri, descalça, o pijama embolado no corpo, e o encontrei sentado na cama, curvado, suando frio.
ㅡ Está tudo bem? ㅡ pergunto, já sabendo que não estava.
Ele não conseguiu responder. Tentava, mas o corpo não obedecia. Os lábios estavam pálidos, a respiração muito irregular.
Eu liguei para Conrad, tremendo, tentando manter a voz baixa para não acordar nossa filha, que ainda dormia no colchão ao lado da cama de Bennet. Disse que era urgente. Muito urgente.
O casal atravessou o corredor em menos de trinta segundos, e já levamos Bennet para a ambulância estacionada na garagem.
O caminho até o hospital foi um borrão. Eu segurava sua mão no banco da ambulância, sentindo como se cada batida do coração dele fosse uma contagem regressiva. Ele tentou sorrir para mim através da máscara de oxigênio, e conseguiu por um segundo. Um sorriso f