Antônio realmente não queria continuar a guerra fria com Francisca, mas sentia-se traído e enganado por tanto tempo.
— E se for? Você tem medo? — Perguntou Antônio.
Francisca ficou surpresa, claramente não esperava que Antônio perguntasse isso. Se fosse o temperamento antigo dele, ao fazer essa pergunta, já teria feito algo a respeito.
Ela apertou as mãos, nervosa:
— Se eu disser que tenho medo, você me deixaria em paz?
Antônio apertou o braço dela sem responder. Esse silêncio fez o coração de Francisca acelerar de nervosismo. Por fim, ele a soltou, levantou-se, e sua figura imponente quase bloqueou toda a luz à sua frente.
Foi então que Francisca conseguiu respirar um pouco mais aliviada, percebendo que Antônio estava apenas a intimidando. Mesmo sem enxergar, ainda conseguia ser tão irritante.
Os olhos de Francisca se encheram de lágrimas. Vendo que ele ia embora, pegou um banquinho e colocou à sua frente.
Antônio, inevitavelmente, esbarrou e franziu a testa:
— Francisca!
— Você que v