- Se seu pai voltar, você consegue segurar ele? - Mariane disse, tentando quebrar o silêncio constrangedor.
Vinicius olhou para ela e respondeu:
- Tem medo que eu morra e te arraste comigo?
Mariane deu de ombros e assentiu seriamente:
- Sim, nós dois somos um casal de ressentidos, morrer juntos seria trágico.
Vinicius soltou um resmungo frio.
E o silêncio retornou.
Mariane lançou um olhar e notou um canto do curativo no braço do homem levantando.
- Você ainda não trocou por um novo?
Vinicius seguiu seu olhar, pousando os olhos em seu próprio antebraço, e franziu a testa, abaixando a manga.
- Não tive tempo.
Mariane olhou ao redor e perguntou:
- Tem no seu escritório?
Vinicius olhou para ela, sombrio:
- Não tem ninguém aqui, você não precisa fingir que se importa.
Mariane sorriu levemente e disse:
- Tenho medo que você morra e eu tenha que morrer também.
Sempre que conversavam, nunca acabava bem.
Mariane se levantou sem dizer nada, procurando pelo escritório.
- Posso ir à sala de descan