Lúcia mordeu os lábios, tremendo de raiva:
- Você precisa mesmo me humilhar assim?
- Dormir com o marido, o prazer entre um casal, não era isso que você sempre desejou? Ou será que aquele policial já te satisfez tanto que você nem quer mais dormir com o próprio marido? - Sílvio riu levemente.
As palavras dele eram como facas, cortando o coração de Lúcia em pedaços, deixando-o em carne viva.
- Sílvio, eu não sou como você, eu não dependo de um homem para viver! - Lúcia gritou, com os dentes cerrados.
Sílvio sorriu com desprezo e se virou para sair.
Quando estava prestes a sair pela porta da Mansão do Baptista, ouviu um choro trêmulo atrás de si:
- Eu aceito! Sílvio, eu aceito...
O corpo de Sílvio ficou tenso por um momento.
Ele conhecia Lúcia, sabia que ela era orgulhosa e que se rebaixar para agradar um homem era pior que morrer para ela.
Mas ela aceitou, para conseguir o divórcio, ela aceitou.
Sílvio não se virou, ficou parado.
Aquilo ele não esperava.
Lúcia se aproximou, forçando a