Sílvio, acreditando que Lúcia estava falando com ele, deixou que um sorriso discreto surgisse em seus lábios:
— Eu sei.
— Lúcia, sua coca-cola.
A voz de Basílio trouxe Sílvio de volta à realidade, quando ele viu o homem se aproximar e entregar um copo de refrigerante e um pacote de pipoca a Lúcia.
Ela aceitou com um sorriso suave, agradecendo de forma gentil.
A cena feriu Sílvio profundamente. O que ele viu foi impossível de ignorar: Lúcia não era mais dele. Não era mais sua prioridade, seu porto seguro.
Basílio parecia não notar a presença de Sílvio, ou talvez estivesse simplesmente ignorando-o. Toda a atenção dele estava voltada para Lúcia. Ela, por sua vez, entrelaçou o braço no de Basílio, fingindo uma intimidade que fez questão de demonstrar enquanto caminhavam em direção ao guichê de entrada.
Basílio notou os delicados dedos brancos de Lúcia segurando a manga de sua camisa. Um sorriso quase imperceptível surgiu em seus lábios. Quando percebeu que ela estava prestes a soltar, ele