Percebendo que Sílvio observava a barraca com atenção, a dona, rápida, virou-se para ele e começou a oferecer seus produtos:
— Senhor, que tal levar um dos meus crucifixos da sorte? São todos feitos à mão!
— Eles realmente trazem sorte? — Sílvio perguntou, olhando para os crucifixos pendurados. Um a um, eles balançavam suavemente ao vento, com pequenos crucifixos pendendo de suas extremidades.
Leopoldo, ao lado, respondeu:
— Nosso senhor vai passar por uma cirurgia hoje à noite.
— Então é ainda mais importante levar um crucifixo da sorte! — Disse a mulher, com um sorriso confiante. — Ele traz proteção e realiza o que o coração deseja. "É só acreditar."
Sílvio lançou um olhar para Leopoldo, que rapidamente entendeu o recado e pagou por um crucifixo. Não importava se funcionava ou não, era um gesto simbólico. Um bom presságio.
Enquanto isso, a menina que fazia sua lição de casa ao lado da dona da barraca aproximou-se timidamente de Sílvio. Inclinando a cabeça, perguntou com cuidado:
— Ti