Mas Lúcia só comeu o pão que tinha comprado, ignorando completamente os pratos que Sílvio havia preparado.
— Já comeu o pão, por que não prova um pouco da comida? — Disse Sílvio, colocando um pedaço de carne no prato dela.
Aos poucos, o prato de Lúcia foi se enchendo, até parecer uma pequena montanha.
Foi então que ela notou os curativos nos dedos dele. Todos os cinco estavam cobertos por band-aids.
— O que aconteceu com a sua mão? — Perguntou Lúcia, franzindo o cenho.
— Faz tanto tempo que não cozinho que acabei me cortando. — Respondeu ele, com uma expressão de falsa tristeza, os olhos levemente vermelhos. — Mas não precisa se preocupar, não é nada grave.
A comida que ele fez tinha o mesmo sabor de antes, exatamente como ela se lembrava. Era como se o tempo tivesse parado em algum ponto do passado.
Lúcia, no entanto, não quis ceder. Sem responder, ela foi direta ao ponto:
— Já que não é nada grave, coma sua comida e vá embora. Não é apropriado que o Sr. Sílvio fique aqui por muito te