- Policial, eu transferi o valor da corrida para você, mas você não aceitou. Quer fazer um preço, então?
Lúcia ainda se lembrava dessa situação, ela não gostava de ficar devendo favores.
O homem olhou para ela e sorriu:
- Foi só uma gentileza, não precisa se preocupar tanto. Já disse, ajudar você faz parte do meu trabalho. Se fosse outra pessoa, faria o mesmo.
- Mas eu não quero abusar da sua boa vontade. - Lúcia apertou os lábios.
Ele brincou:
- Se quer me agradecer de verdade, viva sua vida da melhor forma possível. Não vá fazer como a Olga e nos dar mais problemas.
Ele estava, de fato, dizendo para ela não tomar decisões extremas, não importava o quão difícil fosse.
- Pode deixar, eu tenho muito medo da dor e prezo muito pela minha vida.
Lúcia riu, como se estivesse tranquilizando tanto a ele quanto a si mesma.
Ainda havia muitas coisas para resolver, e o tempo era curto. Ela não poderia se dar ao luxo de desistir da vida.
Lúcia franziu a testa, como se tivesse lembrado de algo, e