— Nesta hora, eu não gostaria de incomodar vocês dois. — A voz de Basílio soava com um leve tom de riso pelo telefone.
Sílvio estendeu a mão para Lúcia, que compreendeu imediatamente o gesto e entregou-lhe o celular. Ele sorriu antes de falar:
— Por que você foi parar no Grupo Baptista no meio do expediente?
— Você acha que eu faço isso porque gosto de resolver suas coisas? — Respondeu Basílio, com um tom frio e levemente sarcástico.
Sílvio não se incomodou com a atitude, mantendo o sorriso no rosto:
— Quando eu voltar, te convido para jantar.
— Um jantar basta?
— O que mais você quer?
— Você realmente não sabe o que eu quero?
Sílvio sabia, era claro. Basílio queria algo que ele jamais poderia ceder: Lúcia, desde o início até o fim. Mas isso era impossível. Agora que ele estava acordado, Lúcia era dele, e ele não abriria mão disso. Sílvio sabia que precisaria encontrar outra forma de demonstrar sua gratidão a Basílio.
Após encerrar a ligação, Lúcia perguntou, confusa:
— Sobre o