Lúcia ouviu aquelas palavras, mas nada disso a comoveu. Pelo contrário, sentiu um aperto inexplicável no peito. Uma onda de frustração parecia sufocá-la. Tentou se desvencilhar do aperto no braço dele:
— Sílvio, se você não me soltar agora, eu vou me irritar de verdade!
Ela estava fazendo o máximo para controlar suas emoções, esforçando-se para não explodir, pois sabia que ele ainda era um paciente em recuperação. Lúcia não queria discutir com ele.
— Finalmente admitiu que está brava? — Disse Sílvio.
Com um puxão rápido, Sílvio a fez sentar em seu colo. A proximidade repentina criou uma situação estranhamente íntima.
Os olhos de Lúcia ficaram vermelhos como se ele tivesse atingido uma ferida oculta. As lágrimas insistiam em surgir, enquanto ela sentia a garganta apertar.
Sílvio tentou limpar suas lágrimas, mas antes que sua mão tocasse seu rosto, ela a afastou com um tapa irritado:
— Não precisa fingir que se importa! Se eu soubesse que você era um traidor, nunca teria rezado p