Basílio sabia, era claro, que o nome que Sílvio chamava era o de Lúcia.
— Ela está bem. A cirurgia foi um sucesso. Está com um pouco de febre, mas assim que melhorar e acordar, eu a trago para te ver. — Respondeu Basílio, em tom firme.
Sílvio o encarou com um olhar fixo.
— Você confiou ela a mim, então é minha obrigação devolvê-la a você sem um arranhão. — Continuou Basílio, sério.
Sílvio o observava, e sua expressão transparecia gratidão.
— Não me olhe assim. Não faço isso por você. Sílvio, essa situação toda me mostrou o quanto Lúcia te ama. Durante os dias em que você estava na UTI, ela não mediu esforços. Enfrentou uma tempestade de neve, rezando por você a cada passo até chegar na igreja. Passou noites copiando passagens da Bíblia, implorando pela sua recuperação. E, no fim, ficou doente por causa disso. — Basílio soltou uma risada irônica.
Sílvio ouviu tudo em silêncio, mas seus olhos refletiam uma dor profunda. Seus lábios tremeram levemente, e era evidente o quanto aquel