Lúcia acordou ao meio-dia do dia seguinte. Abriu os olhos de repente e percebeu que tinha um soro preso na mão. Não fazia ideia de quanto tempo havia dormido, mas sentia o corpo dolorido e a boca seca como um deserto. Quando tentou sair da cama, a porta do quarto se abriu. Basílio entrou e, ao vê-la tentando retirar a agulha da mão, segurou sua mão com firmeza:
— Lúcia, você ainda está muito fraca. Não pode sair da cama.
— Eu... — Lúcia tentou falar, mas sua garganta estava tão seca e áspera que parecia ter uma lixa raspando por dentro.
Basílio tentou tranquilizá-la:
— O Sílvio acordou. Está fora de perigo e já foi transferido para um quarto normal.
— Sério? Você não está mentindo para mim?
— É verdade. Eu já o vi. Assim que você melhorar, eu levo você para vê-lo.
— Quero ligar para ele. — Lúcia não acreditava.
Basílio pegou o celular e, diante dela, discou o número de Sílvio. O celular tocou algumas vezes antes de ser atendido. Ele colocou no viva-voz.
— Sr. Basílio, o Sr.