— Você gosta tanto dele, não é? Então viva por ele. — Sílvio achou que ela estava começando a ceder. — Você se divorciou por causa dele. Se morrer, qual foi o sentido de se divorciar?
Ele fez uma pausa, tentando parecer mais leve:
— Já decidi, quando você se casar com ele, vou te dar um belo presente. E de agora em diante, eu serei seu irmão, sua família.
Lúcia soltou uma risada amarga. Seria possível? Seu ex-marido agora queria ser seu irmão? Que tipo de piada era essa?
— Sua boa intenção, Sílvio, eu não posso aceitar.
— O que você quer, então? Diga-me, e eu farei.
— Quero que meus pais voltem à vida. Quero que a família Baptista volte a ser o que era. Quero nunca ter te conhecido. Você pode fazer isso? Se puder, eu aceito o tratamento imediatamente.
Toda a paciência de Sílvio se esgotou. Aquele comportamento de Lúcia, recusando tudo, era demais para ele.
— Você está sendo irracional de novo?
— Se você acha isso, então sim.
— Lúcia, por que você se tornou essa pessoa? — Sílvio a olhav