Não se sabia se era a tristeza ou algo mais, mas uma dor repentina e violenta tomou o fígado de Lúcia, como se estivesse sendo rasgado impiedosamente. O gosto de sangue começou a surgir em sua boca.
Ela rapidamente correu para o banheiro. Ao inclinar-se sobre a pia, vomitou um jato de sangue espumoso que manchou a porcelana. O sangue escorria incessantemente de seus lábios.
Com os olhos arregalados e cheios de dor, Lúcia não conseguia entender. Por que estava cuspindo sangue de novo? O médico não havia dito que ela estava melhorando? Que o milagre já estava acontecendo?
Será que sua condição piorou de novo... Lúcia não ousava pensar nisso. O sangue continuava a jorrar pela garganta.
Sua dor interna era insuportável, como se milhares de formigas a estivessem devorando. Seu rosto estava pálido e o suor frio escorria de sua testa.
Ela havia tomado alguns analgésicos antes da audiência. Por que a dor voltara agora?
A única explicação era que a quantidade de remédio tinha sido insuficiente.