Os olhos de Sílvio, normalmente frios e controlados, de repente ficaram sombrios. Ele apoiou o braço musculoso e sensual na janela do carro, enquanto seus dedos deslizavam pelo queixo com uma expressão de desdém:
— Então tenta.
A voz dele soou como um aviso, carregada de desprezo.
Lúcia já estava sufocada de raiva, e as palavras de Sílvio só pioraram as coisas. Com os olhos marejados, ela mordeu os lábios e respondeu, com a voz trêmula:
— Não se arrependa depois, Sílvio.
Ela ligou o carro com um movimento brusco e girou o volante com força. O veículo disparou pela estrada, e Lúcia não parava de acelerar. Suas mãos apertavam o volante com tanta força que os dedos ficaram brancos.
O vento forte entrava pelas janelas, bagunçando seus longos cabelos negros, que se espalhavam pelo rosto, parecendo uma rede sufocante. O ar entrava com tanta força que dificultava sua respiração, e Lúcia sentia o peito apertado de tanta angústia.
Antes da morte de seu pai, ela já era manipulada por Sílvio, cha