Finalmente, o carro parou em frente à Mansão Baptista.
Lúcia soltou o cinto de segurança e soltou uma risada sarcástica:
— Você pode ter escapado agora, mas não vai escapar para sempre. Sílvio, cuidado quando for dormir à noite. Meus pais podem muito bem voltar para te cobrar o que você fez. Minha mãe, especialmente, não perdoa ninguém.
Sílvio levantou o olhar, irritado com o riso irônico dela. Cada palavra que saía da boca de Lúcia parecia ser uma maldição. Ele odiava escutar aquilo. Ela não tinha nada de bom para dizer. Só sabia amaldiçoá-lo.
— Sai do carro. — Disse ele, seco.
Lúcia abriu a porta, sem olhar para trás, e caminhou em direção à mansão.
Sílvio observou-a se afastar e, de repente, sentiu um arrependimento. Ela havia acabado de perder os pais, e seu temperamento explosivo era compreensível. Ele deveria ter sido mais paciente.
Então, Sílvio também saiu do carro.
Lúcia mal havia entrado no quarto quando ouviu a porta se abrir com força. Era ele.
— Sílvio, esta é minha casa