Capítulo 507
Lúcia se debatia sem parar, mas seus braços estavam firmemente presos por Sílvio, que os segurava com força, sem deixar espaço para que ela se movesse.

Os beijos dele não eram nem um pouco agradáveis, ao contrário, a faziam sentir nojo.

Ela virava o rosto repetidamente, tentando escapar. Mas o beijo frio de Sílvio, carregado com o cheiro de cigarro, acabava pousando em sua bochecha esquerda.

Ele, teimoso, insistia em beijá-la novamente.

Lúcia virou o rosto mais uma vez, fazendo com que ele errasse o alvo.

Toda a paciência que Sílvio tinha foi completamente esgotada por aquela mulher. Não sobrara nem um pingo.

A raiva e o ciúme queimavam dentro dele. Ela o evitava com tanta determinação, mas não tinha o menor pudor com Basílio. Por que isso? O que ele tinha de pior que o filho ilegítimo? Tudo o que ele havia feito por Lúcia, por aquela maldita família Baptista, não era o suficiente?

— Por que está fugindo? — Sílvio perguntou, com os olhos vermelhos de fúria, enquanto agarrava o pescoço
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