Lúcia estava deitada na cama do quarto principal do apartamento, olhando fixamente para o teto.
Ela tinha ouvido cada palavra quando Sílvio bateu na porta e sugeriu levá-la ao hospital, mas estava exausta demais para continuar fingindo.
A noite toda passou sem que ela conseguisse dormir. Observou o quarto escuro se iluminar lentamente à medida que o dia nascia.
O som de batidas leves ecoou pela porta. Lúcia levantou-se da cama, caminhou até a entrada do quarto e abriu a porta.
Marina, com um avental amarrado, sorriu de forma educada:
— Sra. Lúcia, sou eu. O café da manhã está pronto, por favor, venha comer.
— Não estou com fome. — Disse Lúcia, com sinceridade.
Marina, achando que era mais um capricho, demonstrou desconforto:
— Mas o Sr. Sílvio pediu para eu garantir que a senhora tome o café. Se não comer, como vou explicar para ele? Além disso, agora que está grávida, o bebê também precisa se alimentar, né?
O bebê? Lúcia piscou, pensativa. Marina era uma boa pessoa, dedicada e discre