Lúcia sentiu o arroz prender na garganta, acompanhado por uma onda de amargura.
Se não estava enganada, essa era a primeira vez, em mais de um ano de silêncio gelado, que ele falava com ela de maneira tão calma e gentil.
Era ele o culpado por ela estar nessa situação!
E mesmo assim, diante desse repentino gesto de preocupação, seu coração, há muito endurecido, parecia finalmente encontrar um pouco de calor, como uma planta recebendo a luz do sol após um longo inverno.
Lágrimas ameaçaram cair, mas ela não queria parecer fraca na frente dele, então as reprimiu, concentrando-se em comer grandes bocados de comida.
— Lavei as mãos e o sabão entrou nos meus olhos. Não foi nada sério.
— Coma mais um pouco. A Marina preparou tudo isso para você. — Sílvio pegava a comida com o garfo e colocava no prato dela.
Em pouco tempo, o prato estava abarrotado de comida.
Será que o resultado do teste deu algo errado? Por isso ele estava sendo tão atencioso de repente? Lúcia se perguntou em silêncio.
E