Leopoldo assentiu, e Lúcia não disse mais nada. Ela se virou e o seguiu para fora do hospital.
Ele abriu a porta do carro para ela e, depois que Lúcia se acomodou no banco traseiro, ele sentou-se ao volante. Ao perceber que ela esfregava as mãos para se aquecer, ligou o aquecedor com um gesto cuidadoso.
Lúcia agradeceu com um breve “obrigada”.
— Sra. Lúcia, não se preocupe. Tenho certeza de que está tudo bem com a senhora. Todos nós passamos por momentos difíceis e, às vezes, ficamos para baixo. Desde que isso não seja constante, não há com o que se preocupar. O mais importante agora é cuidar da sua saúde mental, principalmente porque a senhora está grávida. Gestantes precisam se manter calmas e felizes. — Disse Leopoldo, tentando confortá-la.
Ela forçou um sorriso. Será mesmo que estava tudo bem? Se está, por que Dr. Arthur parecia tão preocupado? E por que Sílvio a fez esperar no carro?
Lúcia sentia um peso esmagador no peito, uma ansiedade que a consumia.
Já faziam mais de dez dia