Lúcia soltou um riso amargo, era mesmo uma ironia. Ela, a filha da renomada família Baptista, agora estava reduzida a uma situação em que nem sequer tinha liberdade.
Ela tinha pensado em sair para dar uma volta, afinal, o sol brilhava intensamente hoje, algo raro no inverno de Cidade A, onde geralmente chovia ou nevava bastante, quase nunca havia um dia tão ensolarado.
Marina percebeu que ela queria sair e sugeriu acompanhá-la em um passeio pelo jardim do prédio.
— Não precisa.
Lúcia respondeu, segurando a xícara de água morna, e subiu as escadas.
Marina a seguiu de perto.
Quando o almoço ficou pronto, Marina o trouxe até ela. Lúcia apenas pediu que deixasse a comida lá. Apesar do prato parecer delicioso, ela não sentia a mínima vontade de comer.
O celular tocou repentinamente.
Era o médico responsável. Ela atendeu com calma.
A voz do médico estava ainda mais ansiosa que da última vez:
— Srta. Lúcia, a sua situação não pode mais ser adiada, você precisa vir ao hospital urgentemente pa