Sílvio pensou nisso e sorriu com ironia:
— O caixão e os fogos de artifício já estão prontos pra você, o que acha?
Sim, tudo estava preparado, ele só aguardava a sua morte. E ela, ainda esperava o quê?
Lúcia, tomada pela raiva, tremia enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto.
Ela enxugou as lágrimas, pensando no homem que amara por tantos anos. Este era o mesmo homem em que depositara todo o seu amor durante tanto tempo, agora revelando-se um ingrato.
— Nem sonhando! Mesmo que eu morra, não vou dar à luz essa criança!
— Lúcia, isso é o que você disse, não se arrependa depois. — Sílvio respondeu com frieza, virando-se para descer as escadas, decidido.
Ao sair do apartamento, ele deu de cara com Marina, que voltava do mercado com uma cesta de compras. Marina o cumprimentou com respeito, e ele, com o semblante sério, deu ordens:
— A Sra. Lúcia precisa de uma alimentação adequada, três refeições por dia, sem falta.
— Entendido.
— E não permita que ela saia de casa. Ela só pode circul