Lúcia estava na sala, inquieta.
Foi então que o celular tocou. Era o médico que estava acompanhando seu caso, e a voz dele soou ansiosa:
— Srta. Lúcia, você não disse que faria a cirurgia para o aborto? Por que ouvi dizer que seu marido a levou embora naquele dia?
— Eu... — Lúcia ficou sem palavras, sem saber como explicar a situação.
O médico insistiu, com um tom grave:
— Não quero ser inconveniente, mas seu estado de saúde não pode mais esperar. Você sabe disso? Venha logo para a cirurgia!
Nesse momento, uma risada fria e baixa ecoou pela sala:
— Com quem você está falando ao telefone?
O corpo de Lúcia estremeceu.
Os olhos de Sílvio se estreitaram. Ele era um demônio? Por que ela estava tão assustada com ele?
Lúcia levantou o olhar e viu que ele se aproximava com o rosto sombrio. Apavorada, desligou o telefone rapidamente e tentou se explicar:
— O médico está insistindo para eu fazer a cirurgia de aborto.
— É o médico que está insistindo ou é você que não quer ter esse filho? Você sa