Na última vez que seu pai sofreu um acidente de carro, ela implorou de joelhos, ameaçou se matar e fez greve de fome, mas Sílvio não se comoveu.
Lúcia ergueu os olhos e olhou para o diretor:
— Se não transferirmos meu pai, quanto precisaríamos pagar para continuar aqui?
Transferir não era mais uma opção, tinha que encontrar outra saída.
— Precisaria deixar um depósito de um milhão na conta do hospital até amanhã. Essa é a regra da instituição.
— Pode ser parcelado? Posso pagar duzentos mil agora.
Lúcia viu uma esperança.
O diretor balançou a cabeça:
— Essa é a regra do hospital, Srta. Lúcia. Ainda assim, sugiro que procure o Sr. Sílvio para ajudar.
Lembrando-se de Olga, que foi demitida por Sílvio ao dificultar a vida de Lúcia, o diretor lançou um olhar incisivo, com um sorriso:
— O Sr. Sílvio não vai ficar de braços cruzados. Ele ainda se importa com você. Basta você ceder um pouco, e a questão do dinheiro se resolve com uma palavra dele.
— Já sei o que fazer, obrigada, diretor.
Lúcia