— Ivone, o que aconteceu? — A voz de Hana soava preocupada do outro lado da linha.
Ivone levou a mão ao rosto e limpou as lágrimas. Sua garganta estava seca e rouca. Ela quis responder, mas temeu que sua voz entregasse seus sentimentos e deixasse Hana ainda mais preocupada.
— Estou pensando em sair de Cidade A e voltar para a casa dos meus pais. Antes de ir, quero te convidar para jantar. — Respondeu Ivone.
Hana imediatamente perguntou, aflita:
— Aconteceu alguma coisa? Foi o Basílio? Ele te fez algo?
— Não. Só acho que ficar desperdiçando meu tempo em Cidade A não faz mais sentido.
— E o seu “príncipe encantado”? Você não vai mais atrás dele? Você gostou dele por tantos anos...
— Não gosto mais.
— Ivone, tem certeza? Pense bem. Mas, olha, qualquer decisão que você tomar, eu vou te apoiar. Se não quer falar sobre isso agora, tudo bem.
Hana não insistiu, e a ligação foi encerrada.
Ivone passou a noite inteira sem dormir. Pela manhã, ela encontrou na internet um modelo de carta de demiss