Olhei para ele, fria e firme.
— Rafael, não há mais nada a ser dito entre nós.
— Vai embora. E, por favor, não volte a me perturbar.
Rafael me fitou com os olhos cheios de súplica.
— Elisa, eu sei que errei.
— Não vou mais me casar com a Isabela. Agora, só existe você no meu coração.
— Me perdoa, por favor?
Aquele homem, que um dia foi o "deus inalcançável" da minha juventude, agora parecia um farrapo humano.
Nada restava da arrogância que tanto me encantou — diante de mim estava apenas um traidor arrependido, mendigando o que ele mesmo destruiu.
Senti o estômago revirar.
A lembrança da noite do nosso aniversário — ele e Isabela entrelaçados na cama — voltou com força, me deixando nauseada.
Virei o rosto, sem querer sequer olhá-lo, e segurei o braço de Thiago.
— Vamos, amor.
Rafael, desesperado, deu um passo à frente e agarrou meu pulso.
— Elisa, eu te imploro! Me perdoa só desta vez!
— Olha aqui! — Mostrou um papel amassado nas mãos. — É o laudo médico da Isabela! Ela nunca teve cânce