A tempestade lá fora havia passado, mas Ana ainda sentia o eco da noite agitada em sua mente.
O apartamento estava em silêncio agora, com apenas os respingos da chuva batendo nas janelas.
Ana se levantou da cama com cuidado, tentando não fazer barulho, e começou a organizar as coisas para Lucas.
Pegou a insulina, deixou os remédios preparados e separou algo para ele comer.
Lucas acordou aos poucos, os olhos ainda pesados de sono, mas logo os abriu, sentindo o peso do olhar de Ana sobre ele.
— Você já vai? — Ele disse, com a voz rouca e ainda cheia de sono
— Sim, preciso voltar para o hospital. — Ana respondeu, sem olhar diretamente para ele, tentando manter o tom profissional, como se a noite anterior não tivesse acontecido. — Já deixei tudo o que você precisa aqui. Tente descansar e siga as instruções.
Ela começou a caminhar em direção à porta, mas, antes que pudesse dar mais um passo, sentiu a mão dele segurar firme seu braço. Ana parou de repente, o coração acelerando. Ela sabia