- Raul? - Eulália olhou para o identificador de chamadas e viu que era ele mesmo.
O lado de Raul era muito barulhento:
- Eulália, venha até aqui!
Estava tarde, o que ele estava fazendo?
- Raul, você não está dormindo? As outras pessoas precisam descansar.
Raul ficou atordoado:
- Dormir? Eu quero que você venha dormir comigo!
Eulália finalmente percebeu que algo estava errado.
- Você está bêbado? Onde você está, em um bar?
Havia muito barulho no telefone e Eulália tinha certeza de que ele estava em um bar.
Beber já era ruim o suficiente, mas perturbar o sono dos outros? Que qualidade de homem Raul era!
- Raul, está ficando tarde. Volte logo. Eu tenho que trabalhar amanhã e não tenho tempo para conversar com você.
A voz de Raul estava pesada:
- Eulália, eu sinto sua falta. Venha até aqui.
Do outro lado da linha, o celular estava barulhento, mas do lado de Eulália estava tranquilo.
Aquela voz pesada pesava no coração, fazendo com que ela hesitasse em responder.
- Raul. - Eulália sentiu