Capítulo 117
Eulália seguiu as instruções da enfermeira, trocando de sapatos e tirando a calcinha como se estivesse em transe.

A sala de cirurgia estava vazia, exceto pelos médicos, enfermeiros e equipamentos.

Alguém confirmou seu nome com ela, ao que ela respondeu como se estivesse em outro lugar, apenas com um “sim”.

Disseram para ela deitar na mesa cirúrgica.

Aquela mesa parecia uma cama de parto, com dois apoios laterais para as pernas.

Era fácil imaginar o quão humilhante e sem dignidade seria essa posição.

Não se sabia se era psicológico ou o quê, mas Eulália sentia que a temperatura da sala era muito baixa, a ponto de começar a tremer.

Alguém a apressou:

- O que está esperando? Deite logo, não tenha medo, não dói.

Eulália sentia as pernas bambas.

Ela não sabia como conseguiu se deitar, apenas sentiu o frio ao seu redor, tão intenso que seus dentes batiam.

A enfermeira que colocava o oxímetro em seu dedo perguntou:

- Você está com frio?

Eulália olhou para ela e pergu
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