Eron Kall Fury

Meu coração troveja no peito como um tambor de guerra.

Meus passos reverberam pelos corredores da fortaleza, pesados, selvagens. As garras da minha forma semilupina raspam o chão de pedra, e minha respiração é um rosnado contínuo. O cheiro pútrido da magia de Handall se espalha no ar como fumaça. Ele está perto.

Minhas costas ainda ardem onde o chicote do maldito cravou suas lâminas, mas a dor só alimenta a fúria que pulsa dentro de mim. A coleira mágica jaz quebrada em algum canto da cela, e comigo, tudo o que ele tentou apagar voltou com força dobrada.

Ouço vozes se calando à medida que avanço. Guardas se afastam, correm, ou caem diante dos meus aliados que abrem caminho. Há batalha em toda parte da fortaleza, conforme avanço pelos andarem superiores em sua busca.

Sinto a presença dele antes de vê-lo.

Dobro o último corredor e o vejo ali, de pé, no salão central. A longa capa negra balança com a brisa vinda das janelas altas. As luzes tremem como se até as lâmpadas se