Kira passou o final de semana trancada em casa, presa em um redemoinho de dor e autopunição. Entre o chão, a cama e a geladeira, movia-se como uma sombra do que um dia fora. Não conseguia comer, não conseguia pensar direito. O mundo lá fora parecia distante e cruel, enquanto ela se afundava em suas próprias emoções.
A cada suspiro, a dor em seu peito parecia mais forte, como uma ferida que ela não sabia como curar.
— Idiota, Kira. Você é uma completa idiota. — murmurava para si mesma, abraçada ao travesseiro. As lágrimas escorriam sem cessar, molhando o tecido já encharcado, enquanto as palavras se repetiam como um mantra cruel.
Ela sentia vergonha de si mesma, de sua ingenuidade, por ter