Eu ainda tentava lembrar como se respirava.
Anthony me olhava com aquele meio sorriso satisfeito, o olhar quente e intenso, como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo. E ele sabia.
Eu podia sentir a batida frenética do meu próprio coração, como se tivesse acabado de atravessar uma linha invisível da qual não havia volta.
— Isso responde sua pergunta? — a voz dele era baixa, carregada de algo que fez meu estômago revirar.
Engoli em seco, tentando recuperar algum resquício de sanidade.
— Não sei. Talvez precise de outra explicação. — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava, um desafio velado.
Os olhos dele faiscaram.
— Cuidado, Emma. Você não sabe com o que está brincando.
— Acho que sei, sim. — Inclinei o rosto para ele, sentindo a tensão elétrica no ar.
Eu queria provocá-lo. Queria ver até onde ele iria. Mas, no fundo, também queria saber até onde eu mesma estava disposta a ir.
Anthony soltou um riso baixo, rouco, e aquilo fez meu corpo inteiro reagir. Ele ergueu a m