O som insistente da campainha me arrancou do torpor do sono. Meu corpo ainda estava pesado, e por um segundo, acreditei que tinha sonhado. Mas então, o toque soou novamente, mais firme, mais exigente.
Franzi o cenho, me arrastando até a porta com passos preguiçosos. Quem diabos aparecia na minha casa tão cedo?
Quando abri a porta, meu coração quase parou.
Anthony.
Meu chefe.
Alto, impecável como sempre, com aquele terno perfeitamente alinhado e um olhar que me prendeu no lugar. Ele me olhava como se já soubesse o que ia acontecer. Como se já tivesse decidido.
— Senhor Anthony? — Minha voz saiu rouca, surpresa.
Apoiando-se no batente da porta, ele inclinou a cabeça, um meio sorriso brincando em seus lábios.
— Faça as malas, Emma. Vamos para Londres.
Meu cérebro travou. O sono evaporou instantaneamente.
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