Dois dias se passaram, resolvi ir à cafeteria de Patrícia, e Carol me atendeu. Tomei um capuccino delicioso e comi um donuts com meu recheio preferido. Patrícia nem chegou perto da minha mesa, ficou no caixa fingindo que eu era um cliente qualquer.
- Achei que o recheio de creme de chocolate ao leite com morango e um toque de limão tinha sido feito especialmente para mim – disse ao me aproximar do caixa.
- Foi idealizado por uma moça apaixonada que teve o coração partido - ela respondeu sem me olhar.
- Você é má.
- O senhor foi bem atendido? - perguntou como se falasse com um cliente desconhecido.
- Sim, mas preferia que você me atendesse.
- Ficou oitenta e um reis - olhou para o caixa.
- Pode ficar com o troco - disse ao entregar uma nota de duzentos.
- Nem pensar! - Ela me devolveu o troco.
- Sempre teimosa.
- Sempre insistente - ela me encarou e franziu o cenho.
- Posso te levar para casa?
- Não – disse firme.
- Vou te esperar! – exclamei, passando as mãos nos cabelos.
- Eu disse n