45. Aquele sim
Rubi
Meu peito ainda sobe e desce rápido, como se meu corpo não tivesse entendido que o treino acabou. O toque dele continua queimando na minha pele, mesmo depois que nos afastamos. A boca dele, o cheiro dele, a forma como me segurou…
Eu não deveria estar assim.
Mas estou.
Perdidinha nele.
Riuk respira fundo, como se estivesse tentando encontrar a sanidade que nós dois deixamos cair em algum canto do ringue. Eu também tento, mas cada vez que olho pra ele… meu corpo responde antes da minha cabeça.
Minha Deusa.
Ele dá um passo na minha direção e eu já sinto meu coração falhar. A mão dele toca meu braço, quente, firme, e o arrepio que sobe pela minha espinha me entrega completamente.
“Rubi…” Ele sussurra como se estivesse perdendo a luta interna. “Vamos pra minha casa.”
Eu congelo. Não porque tenho medo, mas porque eu sei muito bem o que isso significa. O que a gente virou ali dentro não desaparece só porque mudamos de lugar.
Eu abro um sorriso fraco, nervoso.
“Riuk… sair daqui do jeito