Após o incidente da bolada, Nikolas acompanhou Max e Anya até a casa ocupada por ela, aguardando na sala enquanto o menino tinha o short molhado trocado. Quando saíram do quarto principal, Max estava encolhido no colo de Anya.
— Meu amor, lembra o que te pedi? — Viu o menino balançar a cabeça em sinal positivo, um fungado entregando o choro que persistia desde a bolada.
— Desculpa senhor Nikolas — o menino disse choroso, os braços agarrados à mãe, o rosto escondido no ombro dela. — Desculpa machucar o senhor.
A voz morrendo a cada sílaba, trêmula e molhada o fez sentir-se culpado e não vítima do ocorrido. Aproximou-se. Ergueu uma sobrancelha quando Anya recuou abraçando Max com mais força, os dedos afundando nos fios cacheados do filho.
— Está tudo bem, Maximilian — disse gentil, as mãos afundando nos bolsos da calça, sem dar mais nenhum passo. — Foi só um susto. Sei que não fez de propósito.
A cabeça do menino girou em sua direção, encarando-o com arregalados olhos cheios de lágrimas